Wander Wildner é um de meus artistas favoritos. Uma das entrevistas mais interessantes que eu fiz na minha carreira de jornalista, foi com ele, em 2007, no Hotel Dona Adélia, em Flores da Cunha. A entrevista me marcou com frases simples e profundas – tal e qual Wander Wildner é – como “Só conto histórias no palco. É um teatro” e “Faço parte de uma sociedade alternativa que vive pelo prazer de fazer as coisas”.
Na mesma data, ele autografou minha camiseta dos Replicantes, pintada a mão para usar na vaga oportunidade que tive de assistir a reunião da banda, num show no Clube Guarany, em Caxias.
Eis que, no final de novembro deste ano, entrei em contato com ele pra participar do 6º Sarau Téte a Téte, promovido pela apac, em Flores. Ele veio. Para oferecer mais conforto para o nosso convidado especial, evitei que ele andasse de fusca, e pedi que o Jean levasse ele pro hotel de Ford Ká, e que o Joel o levasse até o bar de Fiat Uno.
Quando estávamos no Oasis Club Beer, onde o evento aconteceria, o Wander foi passar o som e: Ops! Cadê a chave do cadeado do case da guitarra!? Ele deixou a chave em Porto Alegre... Solução: ir até o Posto do Élio, onde eles poderiam cortar o cadeado.
“Só que vamos ter que ir de fusca”, eu disse e acho que o Wander não entendeu, mas veio.
Chegando perto do volkswagen cor amora, ele diz: “Que relíquia! Só no interior pra achar essas coisas”. E fomos, eu e Wander Wildner, em um curto passeio pela pequena Flores da Cunha, de fusca.
O cara que é todo “maverikão, com motor vê oitão” tava lá, na carona do meu fusca – mil e trezentos – indo até o lendário Posto do Élio, cortar um cadeado pra salvar terça a noite da cidade, com sua Gibson Les Paul.
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