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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um ídolo no meu Volks

Wander Wildner é um de meus artistas favoritos. Uma das entrevistas mais interessantes que eu fiz na minha carreira de jornalista, foi com ele, em 2007, no Hotel Dona Adélia, em Flores da Cunha. A entrevista me marcou com frases simples e profundas – tal e qual Wander Wildner é – como “Só conto histórias no palco. É um teatro” e “Faço parte de uma sociedade alternativa que vive pelo prazer de fazer as coisas”.

Na mesma data, ele autografou minha camiseta dos Replicantes, pintada a mão para usar na vaga oportunidade que tive de assistir a reunião da banda, num show no Clube Guarany, em Caxias.

Eis que, no final de novembro deste ano, entrei em contato com ele pra participar do 6º Sarau Téte a Téte, promovido pela apac, em Flores. Ele veio. Para oferecer mais conforto para o nosso convidado especial, evitei que ele andasse de fusca, e pedi que o Jean levasse ele pro hotel de Ford Ká, e que o Joel o levasse até o bar de Fiat Uno.

Quando estávamos no Oasis Club Beer, onde o evento aconteceria, o Wander foi passar o som e: Ops! Cadê a chave do cadeado do case da guitarra!? Ele deixou a chave em Porto Alegre... Solução: ir até o Posto do Élio, onde eles poderiam cortar o cadeado.

“Só que vamos ter que ir de fusca”, eu disse e acho que o Wander não entendeu, mas veio.

Chegando perto do volkswagen cor amora, ele diz: “Que relíquia! Só no interior pra achar essas coisas”. E fomos, eu e Wander Wildner, em um curto passeio pela pequena Flores da Cunha, de fusca.

O cara que é todo “maverikão, com motor vê oitão” tava lá, na carona do meu fusca – mil e trezentos – indo até o lendário Posto do Élio, cortar um cadeado pra salvar terça a noite da cidade, com sua Gibson Les Paul.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Secou a gasolina

O marcador da gasolina não funciona. Mais: Nenhum frentista consegue fechar o tanque do fusca direito. Quando o marcador da gasolina não funciona, o melhor conselho é manter o tanque sempre cheio. Quando nenhum frentista sabe fechar o tanque de gasolina, não é legal manter o tanque cheio porque é certo que a gasolina vai vazar e estragar toda a pintura do fusca. Aliás, a lataria do sedan já esta toda marcada por causa dessas coisas.

Ontem, eu tinha ideia de que a gasolina estava no fim. Fui até o posto, mas fui pra tomar um café. Pensei: “Ah... acho que tem pra mais um dia”. Até em casa tudo bem. Gasolina o suficiente.

Hoje, pela manhã, estou saindo atrasada para o trabalho. Quando fui atravessar a RS 122, na frente de casa, o fusca morreu na hora de arrancar. Achei que era coisa dos 11°C que o termômetro marcava hoje cedo. Insisti.

Mal cheguei até o acostamento o fusca morreu. Secou.

Liguei para o meu pai. Ele estava em Caxias. Pedi carona pra minha irmã. Cheguei 30 minutos atrasada no trabalho. Abandonei o fusca no acostamento da Rodovia.

Meu pai ficou de providenciar o combustível.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Velocidade

Bem. Há um mês, eu andava com a manivela do vidro estragada – sempre tem que ter algo que não está funcionando muito bem no fusca. O vidro só abria até a metade. Ao menos, fechava todo.

Ontem comecei a ouvir um barulhinho. Parece vir debaixo do fusca, ao lado do motorista e a sonoridade lembra vários ferros batendo (!?). Ok. Um tilintar dá pra aguentar.

Ao final do expediente da manhã de hoje, estou dirigindo o sedan para a minha casa. A que velocidade estou? 20km/h? Ops! Velocímetro parado e duas lombadas pela frente.

Deu tudo certo. Foi tudo bem. Mas o meu fuqui vai ter que voltar ao médico, em breve.

Ah! A parte legal. Tava um calorzinho quando voltei pro trabalho à tarde. Fui abrir a janela e... a manivela voltou a funcionar!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Facada?

Todos vivem dizendo que mecânica de fusca é barata.
Pois bem, leiam e façam suas próprias considerações:

01 ponteira de direção – R$ 45,30
01 bucha amortecedor – R$ 4,95
02 bucha estabilizador – R$ 26,96
02 rolamento roda – R$ 38,90
02 bucha lona direção – R$ 7,10
01 jogo lona de freio – R$ 18,56
Anelite (?) – R$ 4,80
01 embuchamento vertical – R$ 52,91
01 embuchamento horizontal – R$ 136,95
Engraxar (?) – R$ 20,00
“algo ilegível na ficha” – R$ 45,00
Abertura – R$ 20,00
Mão de obra – R$ 165,00

TOTAL – R$ 586,43

À vista é mais barato? – R$ 565,00

É, pensando na quantidade de serviços que deixei acumular...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mecânico

Que o fusca está melhor, é verdade.

Mas o mecânico ainda não me ligou pra informar o $$ da facada.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Premiações

No domingo, almoçamos e pegamos a estrada para Nova Petrópolis, às 13h. Desta vez, deixamos o 69 em casa e fomos de 96. Nossos navegadores ficaram em Flores, então, a Taís, o Emanuel e o Jean nos acompanharam.

O 6° Encontro de Fuscas e Outros Volks à Ar estava bem bacana. Mais de 400 carros reunidos. Apreciamos os besouros, as brasas, as combis e afins.

Começamos a ouvir, pelos alto-falantes, que o pessoal da organização começaria a premiação. Deram o terceiro colocado do Rally, na categoria Estreantes. Quando encontramos a escadaria para o auditório, onde estavam realizando a premiação, ouvimos:

- Segundo lugar: Rodrigo Marcon e Lucas Marchetti – o correto é Marchet, eles também erram, hehehe.

Pois é, o Foscão levou o segundo Lugar. No próximo ano, eles concorrem na categoria Graduados.
Eu? Fiquei em 16ª posição. Que que foi? Tinham 21 fuscas na categoria Estreantes.
Ganhei da Fiona, da Rosi, por pouco. As meninas ficaram em 17º lugar.

Na próxima, conhecendo o funcionamento, a gente fica entre os três, bem certo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Rally

Preparativos
Na hora de dormir, sexta-feira, programei o despertador para às 9h15min, já que sairíamos às 10h. Prometi a mim que se acordasse mais cedo, involuntariamente, lavaria o fusca. Acordei 8h07min e pulei da cama, 9h15min, no máximo o fusca deveria estar pronto.

Deu certo. Não foi o melhor banho da vida dele. Mas ficou melhor do que estava. Depois foi a minha vez de tomar banho e deixar tudo pronto pra pegar a estrada com o Foscão e a Fiona.

Por volta das 10h30min, os três fuscas estavam em frente à minha casa. Navegadores a postos. Fizemos a viagem.

Chegada à Nova Petrópolis
Cada fusca em seu lugar. Nosso número era o 35 (inversão do fusquinha turbinado) e largaríamos em 32º. Retiramos nosso kit com as camisetas, almoçamos e ouvimos uma explicação muito confusa sobre como funcionaria o Rally. Calculadora? Cronômetro? Trechos? Tempo de percurso? Ok, vamos passear.

O livro de bordo foi entregue. Ainda estava tudo muito confuso. Estava chegando a hora...

DISTÂNCIA E DURAÇÃO DA PROVA
A prova terá aproximadamente 80 Km de Média Imposta e 40 Km de Neutros e tarefas e 4:00 hs de duração.

A largada
Partimos do ponto inicial às 13h57min, em desespero, claro. Com a certeza de que íamos nos perder, pegamos a estrada. Ainda em Nova Petrópolis, quando devíamos seguir pela principal, nos confundimos e pegamos a pista da direita. Voltamos e esperamos algum outro fusca passar. Dois fuscas depois, conseguimos retomar a pista.

Trechos e Tarefas
Trecho 01. O livro de bordo indicava a Tarefa 1: deveríamos identificar em que trechos estavam as cinco fotos impressas em preto e branco. Alguns lugares até foram reconhecidos.

Seguimos o percurso pela BR 116 em direção à Caxias do Sul ainda sem entender muito bem a prova. Quando identificávamos alguma das referências do Livro de bordo, comemorávamos.

Trecho 02. Chegando em uma rótula, dobramos à esquerda entrando na RS 452 em direção a Feliz.

Trecho 03. Entramos novamente na rodovia RS 452. Mais pontes. Mais placas. Mais árvores.

Após algumas pontes e pardais...

Trecho 04. Em 36’ e 37’’ concluímos o Trecho 04, o qual deveria ter sido concluído em 31’ e 16’’. Paramos no Posto Irapuru para a Tarefa 2.

“Arremesso de chopp: jogo germânico
Claro que não é com chopp, senão todos iam beber, em vez de cumprir a tarefa”

Certos eles...

Nós não cumprimos a tarefa e, pior, nos atrapalhamos. Como haviam dito que no “Neutrão” (parado em um posto para descanso) deveríamos recomeçar a cronometrar, paramos o cronômetro e começamos a marcar de novo. Porém, ainda na estávamos no “Neutrão” e acabamos nos perdendo totalmente no tempo.

Trecho 06. Chegamos em Feliz.

Trecho 07. Uma voltinha ao redor do trevo da próximo a Policia Rodoviária. Um tio no meio do caminho avisou o rumo certo. Entramos na RS 122, em direção a Porto Alegre.

Trecho 08. Eu nem vi que devia ir a 58 km/h. Aliás, a média de quilometragem foi totalmente ignorada por pilota e navegadora na primeira etapa.

Trecho 09. “Placa Fruteira Morango na direita”. Nós não contamos, mas nós vimos milhares.

Trecho 10. km 15 da RS 122. Km 9 da RS 122.

Trecho 11. Chegamos ao tal “Neutrão” com 5’ de antecedência.

Neutrão

“Podes dar uma descansada, beber uma água, abastecer se necessário ou até fazer um lanchinho. Os organizadores vão orientar vocês a fazer a relargada. Zerem o cronômetro e vamos lá de novo.

Trecho 12. Uma Coca 600 e um Chica bom depois, largamos às 15h45min. Estudamos um bocado o Livro de Bordo e começamos a nos situar na ideia.
Km 6 da RS 122. Km 4 da RS 122. Estacione na direita para cumprir a tarefa.

Tarefa 3
“Navegador: desembarque e responda algumas perguntinhas sobre os nossos queridos Volks a ar”.

Na verdade as perguntas foram para os dois:

- Qual o ano de fabricação do primeiro fusca no Brasil?
- 1962? (o correto é 1959)

- Onde foi fabricado o último fusca no mundo?
- México (acertamos).

- Em que data é comemorado o Dia Mundial do Fusca?
- Bah... o desse ano já passou... É... hum... Eu sei, droga... Sete... de Maio!
(o correto é 22 de junho)

- Como é chamado o fusca com duas janelinhas traseiras?
- Pra mim é o “alemão”.
- Opa! Alemão sou eu!
(o correto é split window)

- Qual é o ano do fusca Série Ouro?
- 1996 (acertamos).

Ao alto e avante

Trecho 13 (...). Trecho 14. Atravessamos a RS 240 e acessamos a Rua Julio de Castilhos. Em que cidade estávamos? Boa pergunta. São Sebastião do Caí, provavelmente.

Trecho 15. Passamos a divisa entre Portão e Estância Velha.

Trecho 16. “Dobrar a esquerda no semáforo entrando na Rua Presidente Lucena”. Peguei a pista da direita. Liguei o pisca pra dobrar à direita. Vi um jipe sujo de barro e comecei a bufar pra ele. A Thais tentando pedir porque o que estava acontecendo com meu pisca e eu, nem bola, bufando pro jipe e rindo. Quando eu dobrei pra direita, entendi que devia ir pra esquerda.

Trecho 17. Trecho 18. Chegamos em Ivoti.

Tarefa 4
“Piloto ou navegador estão convidados para uma jogada de boliche. Strike direto vale tarefa cumprida. Strike em duas bolas vale meia tarefa”.

Acho que, em duas chances, sobrei dois pinos.

Mutley, faça alguma coisa
Trecho 19. Pórtico de Presidente Lucena. Belas paisagens.

Trecho 20. Em frente na VRS 865.

Trecho 21. Trecho 22. Km 195 da BR 116.

Trecho 23. Km191 da BR 116.

Trecho 24. Pela Direita entrando em Nova Petrópolis. De volta. Hora de chutar os trechos da paisagem, pois só notamos uma.

Tarefa 5
“Só para finalizar e se divertir um pouco vamos para sua última tarefa: Pinos com bola no chão era fácil e agora é com corda”.

Volta
Como o resultado sairia apenas no domingo. Voltamos à Flores da Cunha de Foscão, pois tinha show da Hábitos. Meu fusca ficou em Nova Petrópolis, com os demais no Centro de Eventos. A Fiona e suas passageiras encontraram uma pousada por lá mesmo.

Amanhã, falo dos resultados.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O retorno

Fuqui tá que é um reloginho. Estou avisada que o motor está batendo. Mas a grana ainda não permite.

Amanhã, o lance é acordar cedo, juntar 2kg de alimento, meu GPS (a co-pilota do Raly Thais), e pegar a estrada sinuosa até Nova Petrópolis.

O meu sedan tá tri sujo. Não deu tempo de dar banho.

O tanque está cheio de gasolina comum. Tinha prometido que só usaria aditivada, mas fui na bomba errada no posto e fiquei com preguiça de manobrar. Eita!

O rádio voltou a ligar, mas não a funcionar. O cinto de segurança foi trocado. Nada de original, mas a prioridade era segurança.

Amanhã é dia de botar os pneus na estrada. On the road!

Vão junto os amigos do fusca: o Foscão (1969), do Rodrigo, e a Fiona (1972), da Rosi, o Lucas e a Fernanda são os respectivos co-pilotos.

Fusca F...

Amanhã, vou participar do “3° Rally Brasileiro de Volks a AR(Regularidade)”, em Nova Petróplois. Por isso, deixei o fusca no médico, ainda na terça-feira. A ideia era trocar o embuchamento e regular o motor. Orçamento curto, e o motor vai ter que esperar um pouquinho. Assim, o fusca vai bebendo como um Dodge por mais um tempo.

Na quinta, dia em que o fusca deveira ficar pronto, liguei pro mecânico. Veio a lista:

Ponteira de direção MORTA
Bucha do amortecedor MORTA
Bucha do estabilizador MORTA
Embuchamento MORTO
Lona de freio TÁ PODRE
Rolamento RONCANDO

Outra. Faz um tempo que fechei o cinto de segurança do motorista na porta do fusca e, claro, quebrei a “fivela”. E, como sou muito atenciosa, só ontem eu resolvi ler o regulamento do Rally: "Será obrigatório o uso de cinto de segurança regulamentado pelo Código de Trânsito Brasileiro , sob pena de desclassificação da dupla competidora".Era óbvio. Eu devia ter providenciado isso antes. O cinto eu já tenho. Agora, é hora dar um jeito de trocar pelo velho.

Logo, trarei notícias do retorno do 1.300...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Amora

Desde novembro de 2006, sou proprietária do VW Fusca 1978. Comprei ele do meu namorado, por R$ 3mil. Minha mãe pagou metade e não sabia o quanto poderia se arrepender. Apesar de os documentos confirmarem que a cor dele é vermelha, prefiro defini-la como amora.

Tenho o sedan porque gosto de fusca. Apesar de não parecer, eu gosto. Neste blog, vocês vão descobrir que o amor que tenho por esse carro amora é parecido com o da Felícia – personagem do Tiny Toon – pelos bichinhos.

Quem, na minha idade, compra de cara um carro “mais ou menos” – o que, nesta época, pode-se considerar como um celta, corsa ou ká do ano 2000 – nunca vai ter tantas histórias como as que só, e somente só, um Volkswagen Fusca proporciona. Aqui vou contar alguns contos que eu já vivi com meu 1.300, assim como as muitas que ainda vou viver.

A vontade desse blog surgiu hoje, longe do meu fuqui, que está no médico – ou para os que possuem celtas, corsas ou kás – no mecânico.

Amanhã tem mais.